Indubitavelmente a mortalidade infantil no Brasil aumentou.O país registrava queda no índice de mortes de crianças abaixo dos 5 anos há mais de uma década.Contudo,segundo pesquisa realizada pelo G1, em 2017 a taxa subiu de 5% em relação à 2016.Embora seja prematuro afirmar que esse cenário se manterá, representa um alerta à sociedade.Dentre os fatores causadores deste aumento estão:a recessão econômica, o aumento da pobreza extrema, cortes em políticas públicas e congelamento em investimentos na saúde. Concomitantemente, dados do IBGE apontam aumento da pobreza extrema em 11,2% em 2017.Também, houveram cortes orçamentários de investimentos na área da saúde e na política assistencialista do Bolsa Família.Tais fatos são consequências diretas da crise econômica vigente no país.Desse modo, a piora na qualidade de vida e do acesso à saúde aumentou a ocorrência de óbitos pós-neonatais. Somando-se a isso, pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, prevê que se tais cortes se mantiverem, se elevará para 20 mil mortes o número de crianças menores de 5 anos até 2030. Portanto,diante do exposto o Ministério da Saúde deve destinar verba para investir no programa Estratégia Saúde da Família que foca na saúde básica para que ocorra o aleitamento materno, melhorias no atendimento tanto do recém nascido quanto materno e promover campanhas de imunização.Ainda, é preciso realizar multirões solidários por ONGs associados a obstetras para atender a parcela mais carente da população.É necessário também, que o Ministério da Cidadania amplie o número de famílias carentes beneficiárias do programa Bolsa Família, pois tal renda é responsável pela redução da mortalidade infantil por desnutrição e diarréia segundo pesquisa realizada em 2015 pelo EXAME.