No conto Chapeuzinho Vermelho encontramos o relato de uma vovozinha frágil, de cabelos grisalhos e óculos que passa seus dias à espera de sua neta. Essa era a imagem de um idoso anos atrás. Eles, porém, não são mais em sua maioria assim, aja visto os novos idosos representados por figuras como Fernanda Montenegro, Bibi Ferreira e Silvio Santos que demonstram vigor e independência. Graça a avanços da medicina- penicilina, cirurgias e vacinas- à longevidade é uma realidade. Os atuais idosos são ativos, reflexo da adoção de hábitos saudáveis. Ações que contribuíram para a diminuição de casos de derrame, infartos e doenças psicológicas que atingem principalmente esta faixa etária reduzindo o tempo e qualidade de vida. No entanto, todas essas vitórias geram um desafio a pirâmide econômica, uma vez que estamos invertendo sua estrutura com o menor número de nascimento, estreitando a base, e aumento da expectativa de vida, alargando o ápice, fato que interfere na organização econômica da sociedade. Thomas Malthus, previu o aumento da população, porém não alertou para o prolongamento da vida e, por conseguinte, como deveríamos enfrentar as questões de ordem previdenciária e social (lazer, saúde, organização espacial) que acompanham esta nova camada da sociedade. Assim, temos um gargalo de 12% da população que não era incógnita na equação, segundo dados do Rádio Jornalam. Logo, a estrutura da sociedade deverá ser repensada para acomodar este quantitativo de pessoas. Medidas como a do Japão incentivando "estágios" para idosos a fim de manter-los funcionais e que auxiliem na economia transmitindo conhecimento para os mais novos deve ser difundida pela sociedade, tal intervenção pode ser incentivada pelo o Ministério do Trabalho à sociedade. Ao mesmo tempo que o Estado deve reformular o sistema previdenciário para evitar seu colapso.