O envelhecimento é um processo natural na população humana e, conjuntamente com o aumento de números na idade, acompanham diversos outros fatores de impacto pessoal e social. O aumento da expectativa de vida nas pessoas é uma tendência mundial e com ela vêm mudanças que devem ser tomadas a fim de que as sociedades possam comportar e manter essa população idosa. No Brasil não é diferente, cotidianamente é possível observar casos de idosos que sofrem devido à falta de infraestrutura em hospitais, falta de verba para a compra de medicamentos ou até a remuneração previdenciária insuficiente. Os constantes avanços na medicina permitem que as pessoas desfrutem de práticas que lhes garantem mais qualidade de vida e consequentemente maior longevidade. No entanto, no cenário nacional, essa maior concentração de população na terceira idade muitas vezes não encontra a infraestrutura adequada, principalmente em hospitais públicos, que atenda às suas necessidades cada vez maiores, seja por profissionais capacitados, equipamentos ou tratamentos. Outra consequência é a maior demanda por medicamentos, o que gera maior custo, e muitas vezes não os encontram nas farmácias governamentais. As baixas aposentadorias também impedem que os mais idosos invistam em si próprios, tanto em questões pessoais, como bens materiais, como em questões culturais, como ir ao cinema, teatro, entre outros. A carência na saúde muitas vezes os obriga a desembolsar dinheiro próprio e optar pela iniciativa privada, no entanto os altos custos fazem com que suas remunerações não sejam suficientes e os tornem dependentes de suas famílias ou até mesmo que fiquem sem os devidos atendimentos. As dificuldades enfrentadas pelos mais velhos não são fáceis e há muito o que avançar nesse quesito. É necessária uma reavaliação no sistema previdenciário brasileiro, de forma que as aposentadorias possam aumentar sem que haja muito prejuízo para a população economicamente ativa. Uma reestruturação nos ambientes hospitalares, públicos e privados, de forma que possam atender de melhor forma tal população e uma conscientização social que pode ocorrer por propagandas na internet, outdoors, nas escolas, nas famílias, entre outros, que visem uma melhor integração do maior contingente de idosos no país, com práticas, como mais asilos ou até instituições que auxiliem no dia a dia do idoso. Todos juntos para prover um envelhecimento mais saudável e que ofereça maior qualidade de vida.