O advento da Revolução tecno-científica teve um importante papel no avanço da tecnologia e alavancou o surgimento da industrialização em diferentes partes no mundo, como no Brasil. Esse, por sua vez, por meio da globalização moderna, teve um progresso significativo nas áreas de pesquisa médica, o que estimulou o aumento da expectativa de vida. A estrutura precária das cidades, aliada à insuficiência de boa parte dos hospitais, entretanto, é considerada um desafio que o país enfrenta para lidar com o crescimento desse índice. Do ponto de vista biológico, é sabido que o corpo acima dos 60 anos é mais suscetível a enfermidades, sobretudo à fragilidade óssea. Nesse contexto, é valido ressaltar a infraestrutura das cidades como um empecilho a população idosa, uma vez que é inadequada. A presença de asfaltos desalinhados com a presença de buracos e a exiguidade de rampas, elevadores e escadas rolantes em lugares bastante frequentados corroboram o impasse da acessibilidade aos idosos. Caracteriza-se, portanto, um cenário de exclusão, haja vista que essa faixa etária é incapaz de se adaptar em locais sem os recursos dos quais necessita. É indubitável, também, a relevância de hospitais de qualidade para o atendimento aos mais velhos. Por serem mais fragilizados, os idosos são passíveis de um maior risco e, dessa forma, uma fila de espera e a falta de leitos podem resultar em danos severos até para as doenças mais comuns, como a gripe. Para ratificar essa afirmação, um caso ocorrido em 2014, na cidade de Campinas, mostra um paciente de 68 anos que faleceu durante a espera por atendimento em um posto de saúde. Dessa maneira, é importante reivindicar medidas que corrijam esse cenário, tendo em vista a afirmação do escritor Oscar Wilde, em que diz que a insatisfação é o primeiro passo para o progresso de um homem ou de uma nação. Visto isso, é dever das Prefeituras locais, em simbiose com empresas especializadas, promover recursos acessíveis aos idosos em todos os ambientes de muito movimento, para que seja possível abolir a situação exclusiva dessas pessoas. Ademais, o Governo Federal deve aplicar incentivos salariais aos médicos, a fim de mantê-los em seus expedientes por mais tempo, além de contratar mais funcionários para que o funcionamento dos estabelecimentos de saúde seja mais eficaz. Por último, o Ministério Público deve aplicar multas em altas quantias de dinheiro para todo local comum ao cotidiano – incluindo hospitais e clínicas – que não proporcionem uma ampla acessibilidade aos idosos, para assim garanti-la.