O centro de gravidade da pirâmide etária. Fruto do desenvolvimento da medicina e das demais condições voltadas à manutenção da vida, o aumento da expectativa de vida constitui um fenômeno notório da contemporaneidade. Na Europa, tal tendência teve início há cerca de um século, enquanto que no Brasil, é evidenciada desde meados dos anos setenta, segundo o IBGE. O fato de as pessoas estarem usufruindo de uma maior longevidade deve-se a um conjunto de melhorias na qualidade de vida, como condições sanitárias adequadas, maior acesso à saúde e educação, além de questões econômicas favoráveis. Outrossim, tais vantagens trazem uma gama de desafios aos governos dos países nos quais são observadas. No Brasil, a questão da Previdência Social, assim como em outros países, representa a maior preocupação para os idosos - de acordo com a ONU. Além disso, ainda é necessário garantir direitos sociais e acabar com o preconceito contra os idosos no mercado de trabalho. Assim, considerando a iminente inversão da pirâmide etária brasileira, com o número de idosos previsto para 30% da população em 2050, novas medidas devem ser definidas. Primeiramente, o governo deve delimitar, com o auxílio de gerontólogos, a questão da empregabilidade, no Estatuto dos Idosos, delimitando as condições físicas e psicológicas necessárias aos diferentes trabalhos ofertados a essa população. Além disso, o acesso à saúde deve ser incrementado pelo governo com a criação de centros públicos de assistência aos idosos, que disponham de profissionais da área de nutrição e de educação física. O reflexo dessas medidas será uma sociedade mais justa e igualitária, com uma população idosa saudável e apta a continuar exercendo tarefas diárias e cargos profissionais com qualidade de vida.