Culturas como a indígena e as orientais prezam e enaltecem os idosos como detentores de sabedoria e merecedores de absoluto respeito, dando a estas pessoas um papel de alta importância na sociedade. Tanto nos círculos familiares quanto na esfera da comunidade, a mentalidade de zelar pelos dos idosos é bem difundida, compreendida e praticada, além de ser passada de geração em geração, o que gera uma realidade de vida agradável e sólida para esses indivíduos. Historicamente, o Brasil sempre lutou contra uma baixa expectativa de vida. Em 1940, primeiro ano de análise deste dado no Brasil, a expectativa de vida da população era de, aproximadamente, 45 anos. Trinta anos depois, na década de 70, a expectativa de vida da população havia aumentado em apenas dez anos. Enfim, foi só depois da Reforma Sanitária, no final da década de 80, quando se garantiu constitucionalmente a saúde como um direito do cidadão e um dever do Estado, que a média de expectativa do brasileiro conseguiu atingir e superar a faixa dos 60 anos. Embora o aumento da expectativa de vida tenha sido um grande ganho para todo o país, denotando como a saúde e economia nacional progrediram, alguns problema surgiram, problemas estes que provavelmente antes não eram esperados. Um país que é chamado jovem pelo seu descobrimento tardio e grande população de adultos jovens deparou-se com o crescente contingente populacional da terceira idade e suas necessidades. Assim, tornou-se urgente a criação de medidas específicas como o Estatuto do Idoso, por exemplo, um poderoso instrumento em defesa da cidadania dos cidadãos desta faixa etária. No presente, vemos que a situação da terceira idade brasileira ainda está longe da ideal. A mobilização de todos os cidadãos brasileiros é necessária para que a mudança comece e se estabeleça. Primeiramente, a saúde do idoso deve ser tratada com mais atenção pelo Ministério da Saúde. Além de maiores incentivos para a formação e atuação de profissionais de saúde na área da geriatria, garantindo tratamento especializado a essa população, mais programas de saúde focados na prevenção de doenças, controles de comorbidades advindas da idade, como hipertensão, diabetes e osteosporose, deveriam ser instituídos, bem como programas para aumento do bem-estar e qualidade de vida do idoso. Ademais, ainda por parte do Governo Federal, é necessária que seja realizada uma reforma na Previdência Social para que assim se possa garantir a estabilidade dos seus futuros beneficiários, porém, sem que haja danos para os beneficiários atuais, desafio hoje enfrentado pelo governo atual. Por parte da população em geral, é de suma importância a educação quanto realidade e necessidades daqueles que já estão no findar de suas vidas. Campanhas de conscientização em escolas, a saber, ainda são a melhor forma para se transmitir o conhecimento e novos costumes para nossa futura geração, por isso, elas devem ser fomentadas pelos professores, pais e próprios alunos. De certo, o tempo passa para todos e, um dia, também nos encontraremos nesta mesma situação. Quando este dia chegar, também exigiremos o respeito e qualidade de vida que, por direito, merecemos; por isso, a mudança deve começar hoje, assim, garantiremos o amanhã.