Segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o estudo a respeito do crescimento da população brasileira revela uma tendência ao estreitamento da base e alargamento do topo da pirâmide etária do país, como uma consequência à diminuição das taxas de natalidade e aumento da expectativa de vida, respectivamente. Porém, embora a constante expansão da camada idosa seja uma característica observada em países desenvolvidos, a rápida maneira com que o fenômeno ocorre no Brasil é preocupante e proporciona desafios ao envelhecimento saudável. A falta de infraestrutura voltada ao idoso qualifica-se como um dos maiores obstáculos na tentativa de garantir a sua qualidade de vida, haja vista que esse grupo necessita de atendimentos especializados, principalmente em áreas ligadas à saúde, transporte e lazer. Ademais, os atuais problemas enfrentados com a questão da previdência social, uma vez que há um maior número de beneficiados em comparação à quantidade de contribuintes, ilustram um quadro alarmante acerca da situação do idoso no Brasil. Contudo, somado à falta de infraestrutura, um outro grande empecilho na vida dos idosos é a própria maneira com que são retratados pela sociedade: elementos rabugentos e inválidos, diferentemente da cultura indígena, na qual são sinônimo de sabedoria. Tal concepção é observada em más condutas praticadas pela sociedade, como por exemplo, o desrespeito a elementos exclusivos a idosos, tais como vagas e filas preferenciais. Em vista disso, faz-se necessário com que a União promova uma reforma na previdência social, através do encaminhamento de uma maior parcela dos tributos no pagamento das dívidas, a fim de garantir estabilidade financeira a seus atuais e futuros beneficiados. É imprescindível, também, o comprometimento dos governos municipais em criarem mais estruturas para os idosos e que, por meio de parcerias com ONG’s, sejam capazes de promoverem atividades com o intuito de aprimorarem a qualidade de vida dessa parcela da população. Por fim, cabe às escolas juntamente com as famílias, a função de ensinar às crianças e adolescentes que a velhice é um processo natural, merecedor de olhares mais atenciosos.