Nas sociedades primitivas, existia um cultura de respeito e veneração dos mais velhos que eram tidos como sábios e fonte de conselhos. Com a modernidade, entretanto, a concepção de velhice foi modificada aos poucos, e hoje, os idosos são desrespeitados por serem classificados como improdutivos.Situação essa que vai contra o pensamento do filósofo confúcio que pregava que todos os elementos de uma família deveriam valorizar os mais velhos. Nesse contexto, o crescimento do número de idosos se depara com um dos seus maiores desafios: garantir seus direitos frente a reformas previdenciárias e superar a falta de recursos. Em Maio deste ano, para equilibrar as contas públicas, o governo brasileiro decidiu levar para votação a reforma da previdência que prevê uma média de idade mais alta para a aposentadoria. Com isso, os idosos de todo o país estariam sujeitos a essas condições. No entanto, pesquisas evidenciam disparidades entre as expectativas de vida que podem chegar a 10 anos de diferença entre os estados brasileiros. Isto é, um idoso que se encontra em uma região com percentual abaixo da média terá que buscar novas alternativas de sustento até chegar na idade necessária, e como o mercado de trabalho criou um visão improdutiva dos mais velhos, esse indivíduo ficará marginalizado, sem proteção e garantia dos seus direitos. Ampliar a participação dos idosos na sociedade é garantir o seu direito como cidadão, bem como, a independência econômica e todos os aspectos da vida. Segundo o IBGE, em 2015 a média de vida dos brasileiros era de 75,5 anos e com tendências de aumento até 2050.Isso se deve, principalmente, aos avanços na saúde, educação e economia, que estimulam a longevidade.Dessa forma, a faixa etária dos idosos se transforma em um indicativo social, e os dados positivos representam condições de igualdade. Porém, apesar do crescimento nos índices desse indicador, o Brasil ainda se encontra abaixo da realidade de muitos países, pois seus idosos sofrem com a falta de recursos. Dessa forma, a terceira idade que deveria desfrutar de sua velhice de forma sadia enfrenta dificuldades, como desvalorização, atendimento médico deficitário e insegurança financeira, que gera como prejuízo péssimas condições sociais e de saúde. Fica evidente, portanto, que o Brasil precisa buscar novas alternativas para valorizar e respeitar os idosos. Diante disso, é dever dos Órgãos Governamentais, por meio do Ministério da Previdência,implementar leis e reformas que integrem toda a faixa etária sem desigualdades com a intenção de garantir a defesa dos direitos dos idosos. Ademais,é importante que a iniciativa privada promova programas de inclusão da terceira idade no mercado de trabalho, afim de auxiliar financeiramente esses indivíduos desestabilizados economicamente.Já a população, principalmente os jovens, precisam valorizar os mais velhos e seus saberes, com atitudes de respeito e educação para aprender com suas experiencias.Com tais medidas, a expectativa de vida crescerá junto com a igualdade e os idosos serão respeitados, pois, um dia seremos igual eles.