Após a Segunda Guerra Mundial, o crescimento demográfico ficou conhecido como Baby Boom, uma explosão no número de natalidade, principalmente nos países que participaram do conflito. Entretanto, contemporaneamente, os Baby Boomers estão no topo da pirâmide etária, demonstrando o aumento do número de idosos no mundo. Este cenário evidencia a necessidade dos debates acerca do sistema previdenciário e das condições de saúde dos idosos no Brasil. Em primeiro plano, a Previdência Social no país está cada vez mais inchada, consequência da falta de equilíbrio entre a contribuição á previdência e a demanda de previdenciários. Nesse contexto, a reforma da Previdência pretende estipular uma idade mínima para a aposentadoria, aumentando seu tempo de contribuição. Uma pesquisa realizada pela Folha de São Paulo mostrou que essa medida é ineficaz, uma vez que países europeus, como a Alemanha, possui a maior parte da população idosa e consegue manter sua economia superior ao Brasil. Ademais, em segundo plano, o Sistema Único de Saúde encontra-se sucateado em muitos pontos do país pela falta de investimento e planejamento. Os mais afetados pela problemática são os idosos, que dependem de uma saúde pública de qualidade para o tratamento de diversas doenças, como o Alzheimer e a diabetes. A falta de leitos e as grandes filas de espera para cirurgias e agendamento de exames tornam cada vez mais difícil o envelhecimento. Deve-se, portanto, reverter esse paradigma a fim de melhorar a qualidade de vida dos mais de 20 milhões de idosos, segundo o IBGE. Evidencia-se, portanto, que a falta de planejamento social e a ineficiência da saúde pública são os principais desafios do aumento da expectativa de vida no Brasil. Para reverter esse panorama, o Poder Legislativo deve usar a Reforma da Previdência com o objetivo de promover debates com o público em busca da solução cabível ao governo. As mídias, por suas vez, devem usar sua capacidade de propagação de informação e promover uma conscientização da população sobre os desafios do envelhecimento no país. Soma-se isso, o Ministério da Saúde deve investir e transformar os hospitais em um lugar digno e de qualidade á população. Quem sabe, assim, deixem de existir desafios para o aumento da expectativa de vida em território nacional.