É incontrovertível que a pirâmide demográfica brasileira encontra-se num processo de transição. Diante disso, é possível afirmar que devido ao decréscimo da taxa de fecundidade frente à fatores como a inserção da mulher no mercado de trabalho, a invenção da pílula anticoncepcional e o aumento da expectativa de vida, o país está prestes a enfrentar o desequilíbrio gerado pelo aumento da população idosa. Logo, é imprescindível a mobilização brasileira para assegurar o bem-estar dessa camada populacional através de melhorias de ordem pública e social. Nesse contexto destaca-se a questão da Previdência Social, que sofreu ajustes recentes para adequar-se ao possível desequilíbrio. Este se dá pela diminuição da população economicamente ativa, que é responsável por bancar a aposentadoria dos idosos por meio dos impostos. Em suma, a reforma da previdência pode ser encarada como um problema para a população senil, já que a nova idade mínima para requerir aposentadoria é de 65 anos para homens e 62 para mulheres. Ainda no âmbito público, destaca-se a falta de aparatos que visam o bem-estar do idoso, como vagas de estacionamento específicas e o déficit no sistema de saúde público (SUS). A falta de equipamento e profissionais específicos é contante, o que faz com que muitos idosos não tenham o atendimento adequado ou tenham que esperar muito tempo por um determinado tratamento.Já no âmbito social, são constantes, os relatos de desrespeito aos benefícios dos idosos, assim como a manifestação de ideais preconceituosas. O país, portanto, não está preparado para enfrentar os derivados do aumento da expectativa de vida , fazendo-se necessário a adoção de medidas voltadas para garantir uma boa qualidade de vida aos idosos. Uma política de incentivo à mão de obra estrangeira poderia ser necessária num futuro mais distante para garantir o equilíbrio do sistema previdenciário. É também fundamental a destinação de uma renda maior para a área da saúde para que assim possa se investir em equipamentos de qualidade e na contratação de profissionais específicos como geriatras e gerontólogos. Além disso, é fundamental o apoio da sociedade através da compreensão das limitações dessa faixa etária e principalmente por meio do respeito.