É notório que após as Revoluções Industriais a aspiração pela aquisição de produtos tem aumentado, levando indivíduos a praticar delitos para adquirir um bem de consumo. Dessa forma, a criminalidade entre os jovens brasileiros tem crescido, seja pela questão da impunidade, seja por conta do consumismo. É importante pontuar, de início, sobre a impunidade dos menores. Os jovens brasileiros fazem uso da ausência de punições para adentrar no mundo do crime, como o roubo, homicídios, agressões e tráficos de drogas, práticas essas que são adquiridas mediante o convívio social. Prova disso, é a ideologia de Durkheim sobre o fato social, o qual conduz a forma de pensar e agir do ser humano, sendo assim, uma criança ou jovem que convive com traficantes, assaltantes e agressores tende a realizar esses atos no futuro, devido à coercitividade e exterioridade desse fato social. É fundamental pontuar, ainda, sobre a influência do consumismo. A atualidade é marcada pela aquisição de produtos eletrônicos, “fast- food” e roupas de marca, condutas essas transmitidas pelas mídias, dessa forma, um jovem que vive em condições adversas anseia esses produtos, porém a ausência de oportunidades e condições econômicas leva esses a adentrarem na criminalidade, a fim de alcançar esse padrão de vida. Assim, o pensamento do sociólogo Zygmunt Bauman ratifica essa ideia, pois esse afirma que vivemos em uma sociedade consumista, na qual o ter é mais importante do que o ser, além de apontar que a mídia cria certos estereótipos a ser seguido, logo, isso tem contribuído com o crime entre adolescentes e jovens. São necessárias, portanto, medidas para solucionar a criminalidade entre os jovens. Sendo assim, o Ministério da Justiça deve investir na construção de centros de reabilitação para os criminosos menores de idade, por meio da reforma e construção desses espaços e também pela prestação de serviços de psicólogos que visam alterar o hábito desses indivíduos, a fim de diminuir a criminalidade e somente reingressar estes após a mudança de condutas. Ademais, a escola deve sensibilizar os alunos, por meio de filmes, palestras e livros que abordem sobre as consequências do consumismo, a fim de conscientizar as crianças e adolescentes sobre seus atos. Mediante essas ações, o grave problema será minimizado, pois Oscar Wilde já afirmava que o primeiro passo é necessário para mudar condutas de uma nação.