Muito se discute acerca do aumento da criminalidade entre os jovens brasileiros. Com o advento de muitas falhas do nosso sistema educacional, as crianças são inseridas gradativamente mais precoce à violência imposto pelo entretenimento infanto-juvenil e pela influência de terceiros - a qual preconizam brigas e crimes - sejam elas simuladas ou reais, sejam elas físicas ou verbais. Faz-se necessário, portanto, uma preparação mais reforçada voltada para essas pessoas, a fim de tornar-los mais conscientes de seus atos e diminuir a criminalidade. Um aspecto a ser considerado remete aos "passos lentos" que o nosso ensino público vivencia nas últimas décadas. A ascensão do Brasil ao posto de uma das dez piores redes de ensino do mundo, segundo o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), é um importante fator atrativo para o aumento da violência, visto que, geralmente, o fracasso no sistema de ensino e a violência andam juntas: para entender a infância marginal implica entender do porquê um menino vai para a rua e não para à escola. Além disso, o estímulo familiar contribui para a construção de uma imagem do filho para o mundo, o que pode favorecer a criminalidade caso tal estímulo for violento e hostil. Somando a isso, tal controvérsia gira em torno da tentativa de redução da Maioridade do Código Penal Brasileiro de dezoito anos para dezesseis anos de idade. Sem esquecer das atuais medidas de incrementar rigor por meio de repressão de policiais e militares, o que não repara à longo prazo esse aumento da marginalidade que cresce de modo acelerado. Portanto, com o intuito de melhor adequar esse grupo à realidade brasileira, e não apenas almejar o efeito momentâneo, é preciso prepará-los para o convívio com a sociedade. Isso pode ser obtido por meio de uma reforma das Instituições Socioeducativas já criadas pelo Governo Federal, visando um ensino integral nos quais os alunos internados sejam constantemente examinados por meio de laudos médicos, psicológicos e de assistência social, bem como a ampliação desses espaços. Ademais, é necessário fomentar a assistência a família, além de garantir seu acesso à educação e tratamento psicológico por meio de políticas públicas em parceria com ONGs específicos a esse setor. Também é interessante aplicar um ensino técnico profissionalizante a fim de prepará-los para o mercado de trabalho.