Título da redação:

Faceta da realidade social

Proposta: O aumento da criminalidade entre os jovens brasileiros

Redação enviada em 02/09/2017

Crime é considerado qualquer violação da lei, opondo-se à ética e moral, cujas consequências são socialmente condenáveis. No Brasil, a criminalidade, principalmente entre os jovens, assume um caráter alarmante, caracterizando-se como topo dos índices de violência mundial. Nessa perspectiva, é válido analisar as motivações da constante elevação dos delitos, tanto em âmbito estrutural, pela falta de investimentos governamentais, quanto social, pela pobreza. Precipuamente, é indubitável que a carência de infraestrutura, programas sociais e educação de qualidade estão entre a gênese do impasse. Conforme Aristóteles, a política precisa ser usada, por meio da justiça, para alcançar o equilíbrio social. Analogamente ao filósofo, é coeso inferir a ineficiência do Estado, uma vez que a incapacidade de assegurar a todos as necessidades básicas do ser humano, como moradia, alimentação e escola, converte-se numa esfera desarmônica, com oportunidades restritas à grupos favorecidos socialmente. Dessa maneira, a falta de mecanismos para formação física e psicológica do indivíduo favorece o aumento dos infratores, principalmente, nas áreas periféricas. Ademais, a precariedade de recursos como resultado da baixa renda, faz do crime uma falsa oportunidade de ascensão econômica. Segundo o levantamento do jornal Folha de São Paulo, o número de juvenis no tráfico de drogas triplica a cada 10 anos. De acordo com o dado, vale ressaltar que com a miséria de diversas áreas periféricas, os infantes, que na maioria dos casos, são provenientes de famílias desestruturadas e abandonaram a escola, recorrem às atividades ilícitas como forma de arrecadação financeira. Assim, a forte influência das ações ilegais, somada à falta de formação acadêmica, atraem inúmeros adolescentes, elevando esse percentual em 37,6% a cada ano, conforme a Folha. Entende-se, portanto, o aumento do crime entre os jovens como resposta da triste realidade nacional, da desigualdade social e do descaso das autoridades. A fim de amenizar a problemática o Governo Federal, aliado as Câmaras municipais, deve redigir verbas para programas de recuperação das áreas carentes, investindo na efetivação de programas de apoio, objetivando inserir esses moradores no mercado de trabalho, além de oferecer efetivamente uma estrutura viável a uma vida honesta, com saneamento, alimentação, lazer e habitação. Assim como, o Ministério da educação, com auxílio das ONG's, pode elevar o número de cursos profissionalizantes nessas localidades, visando uma melhoria nos salários e consequente facilidade para inserção nos empregos, melhorando a estabilidade financeira destes e diminuindo os adeptos ao tráfico.