Com um Estado que não cumpre bem o seu papel constitucional relativo à educação, tampouco no que diz respeito a qualidade de vida das classes sociais mais desfavorecidas, resta pouco aos nosso jovens a não ser aderir a criminalidade . O poder público foi concebido e idealizado para fornecer uma educação de qualidade onde todas as classes sociais pudessem usufruir. Porém o que vemos, na prática, são escolas públicas sucateadas, com professores sem qualificação. Dessa maneira, o jovem brasileiro desfavorecido economicamente não tem acesso à cultura, aos bons costumes, à civilização enfim. Sem condições de competir em pé de igualdade com jovens de classe social mais abastada, as portas do crime se abrem para que os adolescentes conquistem aquilo que a ditadura do consumo lhes impõe. É através da falta de uma simples oportunidade de ascensão social por meio do estudo público que perdemos diariamente jovens para o crime. Uma reforma estrutural nas escolas, com uma revisão nos quadros de docentes, assim como o aumento salarial dos professores e a constante qualificação destes visando sempre a promoção pela meritocracia seriam excelentes medidas para dar um fôlego as nossas escolas e resgatar nossos jovens do mundo do delito.