O Brasil atualmente é marcado, sem dúvidas, pela criminalidade e pelo alto consumo e tráfico de drogas, fatores geradores de condições perigosas e muitas vezes exclusivas às crianças e adolescentes. Assim como o sistema carcerário está sobrecarregado, as medidas sócio-educativas muitas vezes não se mostram suficientes para readequação do jovem na sociedade. É preciso observar, inicialmente, os fatores que levam os jovens a envolverem-se em relações de tráfico e crime. Em primeiro lugar, as condições sociais da família ou do próprio indivíduo impedem o conhecimento de realidades marcadas de forma benéfica pela lei, o que acaba levando que o jovem conheça apenas o bem estar gerado do tráfico, por exemplo. Em segundo lugar, a situação econômica brasileira, ao não oferecer oportunidades de emprego e estudo para adolescentes de 16 a 18 anos, deixa aberta as oportunidades de conseguir, através de relações criminosas como tráfico ou esquemas de roubo, melhores condições de vida. Embora o envolvimento crescente dos jovens no crime possa ser explicado, não deve ser encarado apenas como uma realidade que não pode mudar e que não pode receber punições. No entanto, é necessário melhorar os sistemas de readequação e as medidas educativas, para que se tornem eficazes e úteis. Logo, são necessárias medidas para resolver o problema. O Ministério da Educação deve, em parceria com o Ministério do Trabalho, criar condições para que os jovens sejam incentivados e entrem no mercado de trabalho, com boas condições de emprego para que o envolvimento criminoso não seja o único meio de conseguir uma boa qualidade de vida. Além disso, as medidas socioeducativas devem ser melhoradas, com a criação de oportunidades de emprego e estudo de qualidade, possibilidade de envolvimento com alguma área que incentive o desenvolvimento individual e não incentive a volta à criminalidade.