A crise pública brasileira, atingem a todos os setores, sejam nas áreas de educação, saúde e a mais preocupante atualmente é a segurança. Não é incomum ouvir relatos de vítimas de roubos ou furtos seguidos de morte, realizados por jovens infratores inclusive, em abril de 2013, o jornal O Globo apresentou uma reportagem alertando o aumento de crianças e adolescentes no mundo do crime. A impressão de insegurança, é hoje uma sensação partilhada por muitos, e o medo em ser vítima de um assalto praticado pelos mais novos, é algo ainda maior, já que pela idade e inexperiência nesse mundo, levam a esses delinqüentes cometerem crimes pela emoção, pelo desafio, para auto-afirmação na tribo que se inseriu. Esses jovens, além das infrações acima citadas, acabam tornando-se traficantes, e quando adultos, almejam ser “ donos do Morro”. O que levam as pessoas a fazerem parte dessa sociedade marginal? Porque, dificilmente alguém desejaria como profissão ser bandido, e viver em áreas de exclusão social. Lembrando que os jovens estão em formação, e são criados livres e muitas vezes sozinhos nas comunidades, e quando é possível um vizinho olha, ou irmão mais velho ajuda, já que seus pais devem trabalhar para poder dar o mínimo necessário para sobreviver. As estatísticas apresentadas por pesquisas nas mídias, relata que a maioria dos jovens , fazem parte da população mais pobre, e menos instruídas, alguns pais são marginais, porém a questão familiar não é uma das principais causas de convergência do bem e do mal, temos uma evasão escolar alta, que possibilita um tempo maior de convivência com os criminosos mais experientes, que transmitem a sensação de poder e dinheiro fácil, seduzindo-os e muitas vezes treinando-os para trabalharem para eles. O que leva a evasão escolar, muitas vezes, são o despreparo dos profissionais, que não conseguem prender a atenção do aluno, o ambiente deteriorado, a falta de estímulo para que se busque um futuro promissor, e desafios que movem o ser juvenil. Direitos humanos, legislações próprias para criança e adolescentes, obrigatoriedade familiar em levar as crianças e jovens para escola, de nada adianta se não preparar um ambiente aconchegante, seguro e desafiador, com profissionais que saibam lidar também psicologicamente com jovens problemáticos. A educação é a base de uma sociedade, quanto melhor , mais possibilidades de sucessos no futuro, além desse investimento, poderiam mudar a legislação trabalhista, permitindo que jovens tenham carteira assinada, e não sejam contratados como estagiários, ou pelo mercado informal, para que tenham responsabilidades, e sintam um pouco de independência , assistida pelos pais e assistentes sociais, ensinando-os a matemática financeira, a poupar, a investir em mercados. Educando e ocupando o tempo com algo útil, e que lhe dêem recursos financeiros, para ter o mínimo que os jovens desejam.