O elevado índice de adolescentes na criminalidade, de acordo com o Ministério da Justiça, é um fator preocupante que se deve, principalmente, ao abandono escolar, consequência direta da precariedade do ensino público brasileiro, tornando-os vulneráveis ao tráfico de drogas. Além disso, maior parte das medidas socioeducativas têm sido ineficientes, dificultando a reabilitação do indivíduo. Portanto, o sucateamento da estrutura física das escolas, a má remuneração dos educadores e a ausência de incentivos à cultura e ao lazer, aliados à falta de estrutura familiar consolidada, provocam a falta de perspectiva de vida, facilitando que traficantes aliciem menores para a criminalidade. Ademais, quando os adolescentes são privados de liberdade, medidas de ressocialização tornam-se ineficazes uma vez que há superlotação nos abrigos e motins recorrentes devido o número insuficiente de agentes. Também faltam cursos que contribuam para o aprimoramento profissional do jovem a fim de que ele ingresse no mercado de trabalho. Desse modo, é necessário que o Ministério da Educação invista na melhoria do setor educacional, visando a diminuição do abandono escolar. Paralelamente, cabe ao Ministério da Cultura fomentar práticas de incentivo à leitura, música e teatro e as Secretarias de Esporte implementando o acesso à práticas esportivas. Além de tudo, o processo de reabilitação deve vir acompanhado de cursos técnicos para facilitar a inserção dos jovens no mercado de trabalho. Por fim, o tráfico de entorpecentes precisa ser combatido e para isso pode ser realizada uma parceria entre polícia militar e forças armadas, contribuindo para uma sociedade mais segura e igualitária.