O Brasil tem em sua classe dominante enferma de desigualdade e de descaso. Tal, constatação feita por Darcy Ribeiro, antropólogo e politico brasileiro, permite-nos refletir, em nossos dias, sobre como aumento da criminalidade no Brasil, principalmente entre os jovens, vem crescendo progressivamente. O que parece ser preponderante para a utilização desses menores de idade, é o fato de serem inimputáveis, além de mais suscetíveis e vulneráveis ao crime. Com a urbanização ocorrida repentinamente, parte da sociedade segregou-se nas periferias, dando origem as favelas e a bairros que se constituem em sua maioria de famílias com pouco poder aquisitivo, e de baixa escolaridade. Sendo assim, muitas crianças já crescem sem expectativas benevolentes de futuro. Haja vista, que com as transgressões, encontram formas de serem notados e ajudarem as famílias. Além disso, outro fator que corrobora para essa criminalidade, é a grande desigualdade social brasileira, o que abre espaço para o ingresso na criminalidade como forma de dar vazão as aspirações de consumo. A música “Meu Guri”, do Chico Buarque, consolida esse fato: um menino que desde seu nascimento, nasce com cara de fome, sua mãe sem condições de mantê-lo, cresce encontra na ilegalidade seu sustento e de sua mãe. Posto isso, o Brasil necessita de politicas sócios educativas, afim de que as crianças não vejam no crime, uma alternativa para melhorar suas condições socioeconômicas. Nesse sentindo, o governo deve investir nessas politicas, como a criação de quadras poliesportivas em comunidades carentes, afim de que, as crianças e adolescente entrem em contato com influencias positivas. As ONG’S devem criar projetos que beneficie essa parte da população mais suscetível, levando teatros, danças e outros aspectos culturais para as escolas dessas regiões.