Título da redação:

A criminalidade e a solução aristotélica

Proposta: O aumento da criminalidade entre os jovens brasileiros

Redação enviada em 20/09/2017

Falta de oportunidade. Punição. Violência. Educação. Todos esses fatores estão relacionados à criminalidade dos jovens no Brasil. Desde o passado, o país tem uma maneira de lidar com delitos de maneira truculenta e violenta. Dessa maneira, muitas pessoas crescem observando que o modo para lidar com problemas pode ser escuso e até mesmo ilegal. Somado a isso, a falta de oportunidade e o preconceito presentes na sociedade acabam arruinando chances de futuro e levando a um caminho sem volta. Em primeiro lugar, é importante perceber que o preconceito e a mentalidade prisional das pessoas são fatores de destaque na questão criminal. Em outras palavras, o pensamento de que a violência deve ser respondida com violência apenas alimenta o ciclo das violações à lei. De maneira precipitada, acredita-se que o encarceramento em prisões é a solução para os problemas e não há a reflexão de que é preciso resolver o cerne da questão: educação, escolas de qualidade e oportunidades. Para se ter uma ideia, existe uma ONG na Rocinha que introduz a música e a arte na vida de jovens, que afirmaram em uma entrevista ao G1 o planejamento de seguir a carreira de músicos e artistas. Em uma segunda análise, a falta de prioridade e investimentos na educação contribuem para a criminalidade. Em 2017, o governo cortou 4,3 bilhões de reais da pasta educacional. Logo, sem atividades construtivas, os jovens podem enxergar o tráfico e outros serviços ilegais como únicas possibilidades. Na visão aristotélica, todo homem tem o desejo de conhecer, é preciso então, fornecer as ferramentas para que os mais novos conheçam um novo mundo. Em virtude dos fatos mencionados, percebe-se que o pensamento prisional, o preconceito e a falta de investimentos em educação são fatores indissociáveis à criminalidade. Para sanar esses problemas, o governo pode se articular à ECA para criar projetos de música, arte e cursos profissionalizantes para que os jovens vejam possibilidades de futuro. Também, o governo e o Ministério da Educação, como medida paliativa, podem investir mais na educação e em escolas, para que todos tenham acesso. Somente assim, o país conseguirá fornecer o conhecimento de Aristóteles aos jovens para que sejam o futuro do país.