Título da redação:

Entre o ônus e o bônus do ativismo na era digital

Proposta: O ativismo social e a repercussão cultural, política e social nas redes digitais.

Redação enviada em 01/10/2017

A Terceira revolução Industrial trouxe os avanços da informática para as relações de comunicação e possibilitou o surgimento de redes sociais que se mostraram importantes ferramentas para construção de movimentos de repercussão política, social e cultural. Todavia, essa tecnologia informacional também criou o que Zygmunt Bauman chama de modernidade líquida, caracterizada pela fluidez das relações sociais na atualidade. Diante disso, além das atitudes de impacto positivo, surgiram ações imorais que causam grande preocupação e incerteza ao cenário global. No mundo contemporâneo, redes sociais como Facebook, Twitter e Instagram ampliaram a capacidade de comunicação, debate e difusão de ideias pela sociedade. Dessa forma, o compartilhamento de opiniões pelos internautas possibilitou a criação de movimentos de extrema importância no exercício da cidadania. Entre essas manifestações sociais organizadas pela internet, destacam-se a “Primavera Árabe”, no Oriente Médio, que reuniu milhares de pessoas na luta contra os governos ditatoriais da região e “O Gigante Acordou”, que levou os brasileiros às ruas para reivindicar melhorias sociais e políticas no país. Já entre as mobilizações culturais, evidenciam-se os “memes” que trazem, muitas vezes, uma representação crítica sociedade. Dessa forma, é imprescindível ressaltar a repercussão política desses ativismos, uma vez que são capazes de direcionar o olhar do Estado para as mazelas sociais e exigir atitudes reais na resolução dos problemas da sociedade. Contudo, o avanço das tecnologias não trouxe apenas benefícios para as sociedades e sua organização, mas também uma modernidade líquida em que a incerteza da identidade nas relações sociais se reflete na ampliação de atitudes imorais de cruel impacto. Dentre essas ações, destacam-se o aumento do número de hackers na invasão de informações pessoais de indivíduos e a ampliação da base de atuação de grupos radicais como o Estado Islâmico, que buscam atrair novos membros para o terrorismo. Nesse cenário, a dificuldade de identificação dos criminosos virtuais facilita suas atuações no mundo globalizado. É crucial, que o Executivo garanta a liberdade de expressão da sociedade e busque atender suas reivindicações para afirmar a democracia. As escolas por sua vez, devem promover debates sobre as novas tecnologias e seus impactos a fim de estimular o uso da internet em prol da cidadania e prevenir a ocorrência de atitudes imorais. Por último, empresas de tecnologia devem investir em mecanismos mais eficazes de identificação dos criminosos virtuais para facilitar a punição dos culpados. Dessa maneira, será possível conter o ônus da era digital.