Por um lado, a possibilidade de se manifestar socialmente, por si só ou em grupos, é fundamental para a prática da cidadania, por outro, o surgimento da internet e das redes sociais adicionou uma importante ferramenta para a comunicação. Dessa maneira, a união destes dois atores políticos têm facilitado a expressão e organização social no mundo. Primeiramente, as redes sociais surgiram em meados da década de noventa e rapidamente tornou-se uma ferramenta indispensável para a comunicação social, o que vai de encontro com o conceito de modernidade líquida do sociólogo Zygmunt Bauman. Assim, ter um perfil em determinadas redes sociais, atualmente, funciona como um RG virtual. Dessa forma, por contar com tamanha adesão, ela passou a servir como meio de atuação política e social, tanto para exposição de idéias quanto para a organização virtual de manifestações que ocorrerão, de fato, nas ruas. O maior exemplo disso é a Primavera Árabe, que foi a ocorrência de uma onda de protestos contra governos ilegítimos na Africa e Oriente Médio, catalizadas pelas redes sociais. Por fim, ao contrário do que pensa o senso comum, as redes sociais podem atuar como um fator anti-alienação para seus usuários, posto que, sua capacidade de disseminação cultural e instantaneidade fazem dela um campo aberto para debates, exposição de idéias e manifestações culturais, sociais e políticas. Porém, para que ela seja totalmente democrática, é necessária que toda população tenha meios para acessá-la. Fica, portanto, exposta a importância que as redes sociais têm politicamente. Cabe, então, aos governos Estaduais e Federal garantir e expandir o acesso à internet no país, por meio de investimentos em infraestrutura, tecnologia e em parcerias com a área privada. Desse modo, o Brasil poderá democratizar ainda mais esta fundamental ferramenta de comunicação.