Título da redação:

Debate entre o real e o virtual

Proposta: O ativismo social e a repercussão cultural, política e social nas redes digitais.

Redação enviada em 06/09/2015

Até meados do século XIX, as formas de receber informação e comunicação se concentravam em transmissões de rádio e televisão. Porém, com o advento da internet e as redes sociais, nas últimas décadas, as pessoas passam a ter mais autonomia nesses novos meio de comunicação de massa sem desigualdade. Logo, as redes sociais passam a ser palco de discussões ativistas, que passam a atingir um numero significativo de indivíduos em prol de uma causa. No entanto, a respeito desse comportamento virtual se observa que tais debates e opiniões se concentram muito em pequenos atos de delírio opinativo -como a reprodução de discursos alheio- que trás a sensação de dever cumprido ao suposto apoiador de determinadas causas. Em primeira análise, deve se compreender as diferenças entre o ativismo fora e dentro das redes socais. As formas ativistas fora das redes sociais possui o engajamento de um grupo que luta constantemente em prol de uma causa, no qual se encontra uma organização e ações que possuem resultados positivos. Contudo, as formas de ativismo virtual são alienadas e passageiras, onde se predomina as discussões e a troca de opinião sem a ação dentro da sociedade. Dito de outra forma, o ativismo nas redes sociais é desprovido de organização e de um engajamento real em sua grande maioria o que proporciona resultados negativos ou inexistentes. Tem-se variados exemplos de movimentos sociais que se iniciaram nas redes socais e se estenderam para a sociedade – como a Primavera Árabe e os movimentos no Brasil. No entanto, observa-se que seus resultados não foram significativos ou geraram desordens sociais como as guerras civis. Assim, pode-se inferir que um dos motivos da falência desses movimentos são a falta de organização e um objetivo comum entre os participantes. Tal problemática discutida pode ser comparada ao conceito de Modernidade Líquida, do sociólogo polonês Bauman, que tenta explicitar como a sociedade atual apesar de moderna possuem relações artificiais desprovidas de solidez ao ponto de não apresentarem o resultado esperado. Diante da questão supracitada, pode-se concluir que as formas ativistas que se iniciam no meio virtual ainda são “prematuras” se comparadas a formas tradicionais, pois não encontra-se um real engajamento e organização social. Assim, cabe a sociedade se autoanalisar diante de seu comportamento das redes sociais para evitar um engajamento parcial em uma causa sem organização e finalidade. Também é valido que movimentos ativistas procurem ou criem ONGs que possam planejar melhor seus objetivos e representação. Logo, pode-se esperar que determinados movimentos passem a serem explorados na vida real do corpo social sem serem cansativos quando se apresentam no mundo virtual pela falta de resultados.