O avanço tecnológico e a popularização dos recursos digitais têm transformado drasticamente a sociedade, de forma ainda mais marcante no que tange os espaços midiáticos. Isso é importante porque contribui para uma revolução nos meios de comunicação, já que o acesso à informação está cada vez mais fácil, através das redes sociais digitais, por exemplo, não havendo tanta diferenciação entre emissor e receptor, o que dificulta a manipulação da informação, fato que mancha o passado das mídias no país. É notável o crescimento das redes sociais digitais, num contexto mundial, nos últimos anos. Não sendo diferente no Brasil, esse meio de comunicação é utilizado como espaço de discussão para interesses comuns e vem sendo aplicado como ferramenta de transformação social, fenômeno hoje conhecido como ciberativismo. Enquanto no passado havia encontros físicos para discutir e planejar as mobilizações sociais, atualmente é possível também os encontros virtuais. Logo, isso não diminui a seriedade da discussão, mas beneficia no encurtamento dos espaços graças às redes virtuais, além de promover um alcance populacional maior, como notado nas recentes manifestações sociais no país. O principal problema do ciberativismo é a mobilização sem informação, reflexo da falta de esclarecimento individual, que gera uma onda de manifestações, tanto virtuais quanto físicas, sem deixar claro o objetivo da coisa. O que se podem afirmar disso tudo é a falta de contentamento populacional com toda a situação enfrentada pelo país econômica e socialmente, mas quando questionados “Descontentamento com o que?”, a resposta também não é clara. Depois que a internet se popularizou, a informação tende a ser cada vez mais abundante, todo o tipo de informação. Logo, resta um filtro pessoal a fim de definir qual conhecimento lhe é útil e se deve ser absorvido ou não. Afinal, isso também é liberdade, ou o primeiro passo para alcançá-la. O que falta então é o interesse pessoal, e acima de tudo, falta ideologia.