No que se refere ao ciberativismo, pode-se perceber que o fenômeno da globalização está diretamente atrelado às novas maneiras de reivindicações sociais, isso porque, no contexto digital, as fronteiras da comunicação inexistem o que torna possível, portanto, a reunião de ideais políticos e sociais comuns. A efeito, a partir da invenção da imprensa, na idade moderna, a comunicação em massa fora favorecida, os livros eram impressos em números expressivos o que facilitava a aquisição pelas massas populares. Surge, nesse contexto, o renascimento intelectual e cultural. Outrossim, a revolução tecnológica contemporânea é adjacente a revolução informacional, haja vista a inexistência de fronteiras nas redes digitais o que torna possível, por sua vez, a discussão a cerca de diversos temas que tangem a sociedade. Além disso, os ativistas, inseridos no cenário de debates e organizações políticas ciberespaciais, tornam-se protagonistas de sua própria história tendo em vista a inexistência de outros atores sociais intermediários na construção do diálogo. Eles, os atores principais, atuam de maneira direta no processo reivindicatório uma vez que possuem plena liberdade de expressão e manifestação. As redes digitais tornaram-se, portanto, importante instrumento para a afirmação da democracia, dado que ampliou o espaço de expressão e discussão dos agentes sociais. Os ativistas, principais atores desse contexto sociocultural, devem estabelecer diálogos plenos com as esferas sociais - governo e sociedade civil - a fim de criar um objetivo comum respeitando os direitos humanos e a diversidade. Somado a isso, os novos instrumentos tecnológicos tendem a reforçar, cada vez mais, a estrutura democrática.