Título da redação:

Ativismo sólido em uma modernidade líquida

Proposta: O ativismo social e a repercussão cultural, política e social nas redes digitais.

Redação enviada em 01/09/2015

O escritor Zygmunt Baumam apresenta, em livro modernidade líquida, as relações superficiais da atual era digital. Nesse contexto, encontra-se o ativismo, que está, cada vez mais, presente nas redes sociais e , por isso, passou a incorporar características do meio virtual. Diante disso, cabe analisar os perigos do chamado ciberativismo, sem deixar de considerar sua participação em grandes vitórias. Em um primeiro plano, convém considerar algumas características do ciberativismo. A etimologia da palavra ativismo remete ao ato de agir, que contrasta com a passividade das redes sociais. É justamente esse paradoxo que leva ao falso engajamento, de forma que as pessoas apoiam um determinado movimento sem de fato participar e colaborar para o seu êxito. As consequências do falso engajamento tem um caráter negativo, que deve ser analisado. O ciberativismo provoca a sensação de cidadania e responsabilidade, de modo a distanciar as pessoas do real ativismo, representado por ajudas financeiras e trabalhos nos projetos. Nesse contexto, o surgimento de modas é evidente, de forma que os indivíduos propagam e se unem a movimentos sem saber seus reais objetivos, buscando apenas participar dos sucessos virtuais. Embora a maioria das práticas ativistas nas redes sociais sejam negativas, é preciso fazer algumas ressalvas. A primavera árabe- movimento de derrubada de ditaduras- foi organizado na internet. O mesmo aconteceu com as manifestações ocorridas no Brasil, em 2013. É importante destacar que nesses casos o ciberativismo foi um mediador para o sucesso das causas que se consolidaram nas ruas. O ativismo nas redes sociais, portanto, apresenta preocupantes malefícios, apesar do seu potencial de ajuda em diversos movimentos. Para combater os seus pontos negativos, espera-se que as escolas promovam debates e palestras sobre o assunto, de modo a mostrar para os seus alunos a importância do real engajamento. Os movimentos devem disponibilizar seus objetivos e apresentar formas de contribuição para práticas ativistas tradicionais, para que o ativismo ganhe solidez, mesmo em meio de uma modernidade líquida.