A democratização da internet no século XXI permitiu, gradativamente, a organização, a exposição e o debate de ideias no meio virtual, principalmente através das redes sociais. Dessa forma, as redes digitais são essenciais, uma vez que servem como meios de manutenção, aperfeiçoamento e evolução de causas sociais, políticas e culturais. O ambiente virtual é um agente de mudanças sociais, pois possibilita a expressão de opiniões por parte do cidadão, e promove a oportunidade do emprego de mobilizações de indivíduos em prol de causas diversas. Tem-se, por exemplo, a ocorrência da Primavera Árabe, que foi um evento político e social ocorrido no mundo árabe em 2011, constituído de revoluções e revoltas populares com o intuito de derrubar governos ditatoriais, que estavam afundando os países econômica e socialmente. Deste modo, a facilidade cada vez maior de acesso a internet em diversos países, somada à indignação de populações, gera uma ótima consequência: a capacidade de mudar o status quo político, social ou cultural de uma sociedade. Cabe, outrossim, perceber que uma das consequências do ativismo digital é o interesse gerado nas esferas políticas municipais, estaduais e federais com relação à criação de ferramentas virtuais de aproximação entre sociedade e governo. Sendo assim, a famosa frase de Rousseau “ As pessoas não são más, mas poderiam ficar assim sob maus governos” representa a revolta gerada em populações que antes tinham vozes oprimidas e desorganizadas, porém agora podem dialogar com os representantes políticos, solucionando problemas antes de eles desencadearem revoltas nas ruas. Um exemplo disso é a criação de páginas de prefeituras no facebook. Além dos fatos mencionados, movimentos grevistas, feministas, sexualistas e de cunho religioso também fazem parte desse conjunto de mudanças de vários aspectos promovidos pelo meio virtual. Tais fatos são cotidianamente observados através da mídia. Torna-se, portanto, evidente que muitas inquietações populares pode ser ouvidas e executadas no ambiente político e na sociedade, respectivamente. Algumas medidas, no entanto, precisam ser tomadas: o governo deve estimular os manifestantes a tentarem negociar primariamente no meio virtual antes de irem para as ruas. As escolas e famílias devem estimular os jovens e adolescentes a engajarem-se em questões e debates sociais. A mídia, apoiando e divulgando questões recorrentes ao interesse da maioria.