Título da redação:

Ativismo nas Redes Sociais: Atuação Real ou Curtidas Passivas

Proposta: O ativismo social e a repercussão cultural, política e social nas redes digitais.

Redação enviada em 12/09/2015

Os protestos de junho de 2013, marcados como Movimento Passe Livre, -mas que na verdade tratavam da indignação do povo contra a corrupção e o descaso do governo brasileiro com o povo- tiveram como grande catalisadora as redes sociais. Estas, na contemporaneidade, têm grande poder de ação no ativismo, seja ele social, cultural ou político por atuar como facilitadora ao atingir grandes massas, uma vez que, é de livre acesso e todos podem expor seu ponto de vista e seu posicionamento livremente. A sociedade do século 21 andava adormecida, quando se trata de ativismo, em comparação com gerações de épocas passadas como a Marcha dos Cem Mil no inicio da ditadura militar, ou Os Caras Pintadas, que levaram ao impeachment do presidente Collor no ano de 1992. Contudo, hoje as novas manifestações e protestos, aqui no Brasil, nos países do Oriente médio com a Primavera Árabe, ou muitos outros mundo à fora, simbolizam um acordar do povo. Porém, estes novos protestos vêm com uma cara nova. Trazem junto um veículo de transmissão dos acontecimentos e a possibilidades de atrair e engajar mais pessoas para a luta por causas que são compartilhadas por muitos, pois a atuação dos políticos, e de todos com a política, dizem respeitos à todos. Contudo, as redes sociais podem atuar como um ativismo falso e medíocre, uma vez que muitos se valem apenas de um compartilhamento, de uma curtida ou de uma assinatura digital. Desta forma, o termo Ativismo perde um pouco o sentido, deixando de ser ativo passando a quase passivo por não proporcionar uma atuação mais reflexiva. Por tudo isso, mesmo que proporcione um alcance a um maior número de pessoas, e atue como um vetor de informações e chamamento à participação e até mesmo uma militância em muitas causas, devemos usar as redes sociais como um instrumento a mais e não único. Por fim, é importante a utilização das redes sociais como meio de atuação em causas sociais, políticas e culturais, pois são um veículo de grande alcance e facilitam a difusão e o compartilhamento de ideias. Mas para tanto, é necessário que ONGs, associações civis, órgãos do governo e os cidadãos atuem como ativistas nas redes sociais de forma consciente e com embasamento científico e legal, para que suas atuações e reivindicações tenham real valor e assim consigam ser mais efetivos em suas propostas.