Os avanços tecnológicos acelerados, acompanhados no final do século XX e início do XXI, trouxeram uma verdadeira revolução ao modo como os seres humanos interagem. Através dos meios digitais é possível conectar o mundo ao mundo, ou seja, é possível aproximar pessoas de contextos, situações, culturas diferentes. Dessa forma, a luta por causas sociais foi facilitada, visto que a informação é facilmente disseminada e o apoio pode vir de todos os a cantos, por meio da internet. As redes sociais deram aos cidadãos a voz política, o direito à manifestação sem nenhum tipo de repressão. Devido a isso, o aglomerado dessas redes forma o chamado “quinto poder”, que é um poder mediador regido pelo povo e para o povo, sem a necessidade de uma instituição, como é o caso da imprensa, e que abrange todos os que quiserem lutar por uma causa, demonstrar insatisfação quanto a situação vivida ou compartilhar informações. A força dessa ascendente influência política se mostrou a partir dos acontecimentos que foram chamados de Primavera Árabe, uma série de protesto que surgiram nas redes sociais com o intuito de derrubar as ditaduras do Oriente Médio e que deram origem a várias revoluções. Todas as inúmeras mídias digitais tornaram-se importantes ferramentas de expressão de opinião, representação política e luta contra a opressão e a censura. Mas, para que essa função alcance o máximo potencial, é necessário que haja forte investimento na inclusão digital. Isso permitiria que o maior número possível de indivíduos tivesse acesso às novas tecnologias e que, através delas, participasse ativamente das lutas por suas causas, ou denunciasse as injustiças e más condições por eles vividas. Portanto, é perceptível que o ativismo social se fortaleceu imensamente com a evolução da comunicação. Atualmente, denúncias podem ser feitas em instantes e causas podem ser simultaneamente apoiadas por pessoas fisicamente distantes entre si. Sendo assim, a popularização das tecnologias que permitem essa conexão digital deve se tornar um objetivo nacional e mundial, sendo incentivado por organizações internacionais influentes, como a ONU. Dessa forma será possível, com o tempo, a formação de uma sociedade mais satisfatória para todos.