Na sociedade contemporânea, emerge o individualismo, a fluidez e a efemeridade das relações sociais, segundo o sociólogo Bauman. Encontramos-nos atualmente no ápice da globalização e com ela é comum que ocorra uma facilidade ao acesso cultura. Essa facilidade se dá principalmente pela internet. Hodiernamente, de acordo com o IBGE, o Brasil possui cerca de 50% da população com acesso a internet, isso acarreta na facilidade de obtenção cultural. Ao passo de um clique se é possível obter acesso a shows, peças teatrais, livros e filmes. Contudo, apesar de se existir lei garantindo “meia entrada”, inúmeros eventos possuem alto custo de entrada, impossibilitando o acesso à população mais carente. Ainda podemos notar certo preconceito com novos tipos de cultura. Cultura é um conjunto de costumes, religiões, crenças, artes e moral, todavia, não existe apenas um tipo de cultura. É fundamental que ocorra uma aceitação com essas mais diversas formas de cultura, o Brasil é um país de misturas, desde a época da colonização que existem diferenças culturais, brancos e indígenas, mestiços e negros, foi dessas misturas que nasceu nossa sociedade atual, dessas misturas que hoje temos um enorme acervo artístico e literário. Por fim, conclui-se que políticas públicas devem ser tomadas para garantirem uma melhor e maior forma de acesso cultural. Ao Estado fica incumbido o incentivo a criação de peças, filmes e etc. Garantindo assim maior acesso para a população, preços populares também devem fazer parte desse projeto. No âmbito escolar, se faz necessário que ocorra a criação de projetos com o intuito de expor diferentes formas culturais, mostrando que cada uma delas possui seu valor, pois é na infância que o senso crítico é construído. Já no meio social, fica a cargo da população, se familiarizar e incentivar uns aos outros, ao consumo cultural que é fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade, pois como foi dito por Joseph Joubert: “Quem tem imaginação, mas não tem cultura, possui asas, mas não tem pés”.