No século XV até o XIX, a violência dos colonizadores e imperialistas europeus contra os habitantes da África, Ásia e América eram justificados de varias formas, especialmente como uma tarefa civilizadora a ser cumprida por uma cultura superior aos nativos. No entanto, nota-se raiz desse triste quadro vivido séculos atrás, seja pela pouca falta de acesso aos recursos culturais brasileiros ou por preços caros que, em muitas das vezes, extrapola o orçamento das baixas camadas brasileiras. Logo, analisar causas e consequências é o primeiro passa para reverter essa triste realidade. Em princípio, percebe-se que, hoje, com a crescente globalização dos meios de cultura e informação, boa parte dos brasileiros não tem condições de apropriar-se do dos bens que a polarização traz consigo. Seja por caros preços em cinemas, museus e teatros, a maioria da população convive com baixos salários e, por muitas das vezes, precárias condições de vida, o que reflete, de certo modo, a realidade no Brasil atualmente, em que 90% dos municípios não têm equipamentos culturais, e 92% da população nunca entrou em um museu, segundo o IBGE. Outrossim, a cultura reflete o modo de vida de uma sociedade, além de interferir em seu modo de pensar e agir, sendo fator de fortalecimento da identidade de um povo e indubitavelmente de desenvolvimento humano. Com esse exposto, percebe-se que, o papel do Estado não está sendo bem centrado em relacionar a conjuntura da maioria brasileira aos meios de cultura, como está declarado no Constituição de 1988. Surge, então, certa urgência na adoção de medidas que trabalhem essa problemática e seus efeitos. Evidencia-se, portanto, que, para melhorar a vida de uma população, a arte em parceira com a cultura é de imprescindível importância, sendo papel do Governo brasileiro e a Mídia atuarem com mais afinco à importância da manutenção desta. Ao primeiro, cabe a ele que, por meio de subsídios, ajude ONGs com projetos de integrações entre comunidades carentes com mutirões culturais, além de benefícios e passe livre a bibliotecas e cinemas na cidade. Ademais, a mídia, por meio do seu caráter persuasivo, deverá aplicar propagandas sobre o trabalho e história de ONGs que lutam para uma sociedade mais igualitária, com o fito de conscientizar as pessoas sobre o triste e lamentável quadro em que grande parte da parcela brasileira não ter o mínimo de condições e acesso a cultura local.