Título da redação:

Oposição newtoniana

Tema de redação: O acesso à produção cultural em questão no Brasil

Redação enviada em 15/07/2017

Aristóteles, filósofo grego, expôs que a cultura é o conforto para a velhice. Entretanto, com o advento do capitalismo, o acesso a ela tornou-se prejudicial, uma vez que a taxação cobrada nos shows culturais contradizem com a realidade de grande parte dos brasileiros. A priori, é válido salientar que, desde o período colonial, apenas a elite locam tinha a possibilidade de frequentar aos teatros, museus ou jardins botânicos. Isso devia-se ao elevado preço dos ingressos, em que mesmo os escravos alforriados ou europeus imigrantes não dispunham do dinheiro. Nesse viés, todo o processo de formação ideológica da população, o contato com a Arte se distanciou da tradição, logo, os indivíduos não estão habituados a irem nos locais que oferecem cultura. Ademais, a indústria artística vem capitalizando sua produções. Como disse Durkheim que os fatos sociais são coercitivos e externos ao indivíduo, assim é o capitalismo sobre a produção cultural, no qual algo que deveria mostrar a realidade de uma sociedade -sem visar os mais favorecidos, a fazem apenas para vender e gerar, como dizia Karl Marx, o Mais-Valia. Com isso, há a imposição de uma vida ideal e a população que não se encaixa a ela sente-se deslocada, distanciando cada vez mais da Arte e cultura. Destarte, contradizendo a teoria newtoniana de que duas forças têm sentidos contrários, o difícil acesso à produção cultural só será combatido se o Governo e a população tiverem o mesmo sentido. Assim, como forma de estimular o hábito dos cidadãos a terem acesso a eventos artísticos, o Ministério da Cultura pode divulgar Vale-Cultura para torna-lo mais conhecido, para que a população possa exigir receber esse benefício. Além do mais, o MEC deve promover programas de visitas a teatros e museus pelos estudantes com desconto especial, a fim de estimula-los. Somado a isso, é mister que o Ministério da Cultura fiscalize melhor as obras oferecidas, filtrando-as para fazer com que a Arte retrate toda uma sociedade, não idealizando alguma.