O complexo que inclui os costumes e todos os hábitos de um sociedade é denominado “cultura”. No Brasil, manifestá-la e/ou auto-sustentá-la é um grande desafio, visto que o financiamento parte de iniciativas privadas que, muitas vezes, tem segundas pretensões, como o lucro. Diante disso, economicamente a população fica distante da produção cultural, confirmando o que defendia Brecht: “o acesso à cultura está ligado ao poder”. O acesso ao cinema ou ao teatro, por exemplo, não se enquadra no orçamento econômico da maioria da população brasileira. O ingresso e o consumo em tais atividades exige muito de famílias que sobrevivem com uma renda mensal de um a dois salários mínimos, tornando-as inassíduas. E então, percebe-se que a democratização cultural não está sendo suficiente. Além disso, no Brasil, a produção cultural fica à “mercê” de iniciativas privadas ou estatais. À exemplo, além de necessitar da aprovação do Ministério da Cultura, é necessário obter recursos, algo que, muitas vezes, não é um processo simples. Esses projetos são incentivados pela Lei Rouanet, cuja finalidade é a captação de recursos para os diversos setores culturais, entretanto, dificuldades financeiras faz com que ela não seja cumprida fielmente. Finalmente, medidas são necessárias para resolver o impasse. Em primeira instância, é de suma importância que o Ministério da Cultura impulsione a democratização cultural, inspecionando os cinemas e teatros que devem oferecer gratuitamente ingressos para determinada parcela da sociedade. Em segunda instância, é papel das prefeituras municipais zelarem pelo lazer, isso poder ser feito, por exemplo, ao permitir que um circo estabeleça em sua cidade. Isso oferecerá aos brasileiros aquilo que parece tão distante atualmente: entretenimento.