A cultura é basicamente os valores adquiridos diante das experiências vividas e transmitidas de geração em geração, vindas do ser humano. Contudo, nem todos conseguem ter contato com as produções culturais. Por conseguinte, o acesso à cultura no Brasil é restrito. Segundo o filósofo empirista, Hume, não é possível algo novo surgir na mente humana, se não tivesse passado pela experiência. Portanto, todos estão inseridos no meio de uma cultura, porém os valores são adquiridos porque alguém os transmitiu para a próxima geração. Na sociedade brasileira, poucos têm a possibilidade de ir a eventos considerados elitistas, como ao teatro, a um espetáculo de dança. Estes, por vezes, têm um custo mais elevado, dependendo do local que são apresentados. Por isso, a entrada é delimitada, pois a elite frequenta lugares que não fazem parte da rotina de quem mora em áreas periféricas. Logo, estão mais adeptos à cultura erudita, considerada mais intelectual, que à cultura popular, vista como mais acessível às classes socais inferiores. Além disso, o preço dos ingressos é diferenciado conforme o espetáculo, restringindo, portanto, o alcance daqueles que não possuem uma certa aquisição financeira. Geralmente, os que são destinados à alta sociedade são realizados nos centros urbanos e em cidades metropolitanas. A exemplo, o Circo de Soleil, considerado um evento com um custo elevado, apresenta-se em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro e não nas interioranas. Então, mesmo que seja com uma tarifa menor, a mobilidade e os recursos financeiros dificultam a participação dos mais carentes. Em suma, determinados fatores limita o acesso à produção cultural. Para amenizar tal problema é necessário que as companhias de teatro promovam sessões populares a fim de atrair um público maior nas periferias. Além do mais, que os eventos fossem transmitidos online, em redes socais, para atingir mais pessoas e, assim, democratizar a cultura.