O mecenato, prática de incentivo aos artistas, originou-se na Roma Antiga e inaugurou uma série de transformações arquitetônicas no cenário urbano do então Império. Contrapostos à valorização da cultura em tal civilização, impõem-se desafios ao acesso às artes no Brasil hodierno, causados por diversos fatores estruturais. Em suas célebres obras, Immanuel Kant atribuí essencialidade à educação na formação do homem. Desse modo, a grade curricular formada nos níveis de ensino, extremamente conteudista, não estimula o contato com a cultura. O teor prático mostra-se ofuscado pelos assuntos teórico-abstratos e o desenvolvimento de novas habilidades e talentos torna-se limitado. Além da rígida estrutura, há a falta de projetos que promovam a aproximação de crianças e adolescentes com a arte contemporânea. Ademais, as difíceis condições financeiras, inerentes à maioria da população, relacionam-se à problemática. O alto valor da entrada em teatros, museus e galerias, por exemplo, impede qualquer chance de visitação. São raras as cidades também que registram presença dos mesmos, em virtude dos custos de manutenção e da falta de interesse do Poder Público e da própria população. Dessarte, depreende-se a necessidade de ações que viabilizem a democratização e a universalização da cultura. O Ministério da Educação deve incluir no currículo uma matéria foca no estudo antropológico, bem como realizar eventos que enalteçam manifestações culturais, modificando a realidade de desapreço dos jovens. Outro assim, no intuito de facilitar o acesso, o Governo Federal tem a missão de ampliar o projeto de "Vale-Cultura" existente, hoje voltado aos trabalhadores, para os estudantes de escolas públicas, bem como aumentar o número de espaços públicos para fins artísticos.