Os brasileiros vão pouco ou nunca foram ao cinema, ao teatro, a museus e a outras expressões culturais que acontecem em vários lugares do país, esta é uma constatação do IBGE. Mesmo sendo um direito previsto em lei, o acesso à cultura não é usufruído por toda a população. Primeiramente, e bom lembrar um pedacinho da História de nossa Nação: o Brasil é um país muito rico culturalmente, haja vista que sua formação étnica traz três lindas e diversificadas tradições artísticas e que as mesmas foram por muito tempo elitizadas tanto pela própria raça quanto pela raça superior (portugueses), onde os índios conviviam com suas artes, os negros com as suas e os portugueses com as deles. Para democratizar as artes criou-se a lei que dá acesso cultural a todos os cidadãos brasileiros. Um dos entraves ao acesso cultural no Brasil é o poder aquisitivo: a grande maioria do povo brasileiro é formada por assalariados e de baixa renda, o que torna os ingressos inacessíveis para esse grupo de pessoas, já que os mesmos são caros. Esse mesmo povo não tem a motivação, nem conhecimento prévio dessas formas artísticas para que queiram ir a esses lugares específicos, muitos deles não sabem o que é um espetáculo de dança ou o que seja uma peça de teatro, nem imaginam como seja uma tela de cinema. No entanto, quando acontece de algum evento cultural ser feito em praça pública com convites livres para todos os públicos locais como o de Arthur Verocai, noticiado pelo jornal A Folha de São Paulo, pode-se ver que os cidadãos vão e apreciam o show e esperam por outros que demoram a reaparecem, quebrando-se assim aquele vínculo inicial. Outro grande entrave é a localização dos lugares que oferecem os espetáculos, que são na sua maioria nos grandes centros, ficando assim muito longe para a população periférica e nas pequenas cidades que ainda não possuem , as pessoas têm que viajar para cidades vizinhas, percorrendo longas distâncias para irem ao cinema e outros aros culturais. Torna-se evidente, portanto, que o acesso à cultura no Brasil precisa ser democratizado e incentivado pela lei vigente, que poderia oferecer em algumas épocas especiais ingressos grátis através dos programas como o bolsa família, possibilitando assim a ida de famílias a shows de dança, musicais, peças teatrais, a filmes e a museus próximos de suas residências. Os currículos escolares poderiam oferecer mais a seus alunos: artes cênicas, teatro, minimuseus, dança, artes plásticas, desenvolvendo assim o gosto e o desejo de usufruir do direito ao acesso legal à cultura, formando assim um ser humano mais conscientes da cultura de seus país e dos países do mundo, pois a arte e a cultura são em bem mundial.