Título da redação:

Cultura pra quem?

Proposta: O acesso à produção cultural em questão no Brasil

Redação enviada em 10/07/2017

O debate vinculado à conexão entre brasileiros e cultura é de importância ímpar para esse povo, pois a arte, e os mecanismos que a administram, seleciona seus admiradores. Dentre os possíveis assuntos, destaca-se que os ambientes destinados ao fazer artístico estão sendo elitizados a cada dia mais. Logo, urge medidas que mitiguem essa problemática. Em primeiro plano, ressalta-se que há lugares no Brasil onde a arte nunca esteve disponível aos cidadãos. Mesmo que existam inúmeros cinemas nas metrópoles do país, os ingressos são caros, quando analisa-se o poder aquisitivo da maioria dos brasileiros. Tal fato, por conseguinte, faz com que o fazer artístico seja destinado à elite. Nota-se, na Ilha do Governador, bairro de classe média da Zona Norte do Rio de Janeiro, a inexistência de um teatro público, sendo o mais próximo localizado em área glamorizada (Tijuca). Tal fato, entretanto, é incoerente, porque a cultura pública está sendo subordinada a uma lógica de mercado. Convém também salientar que a cultura é vítima de mistificações históricas. Apesar do Classicismo (escola literária destinada à representação e culto da elite europeia) ter ocorrido há séculos, o fazer artístico ainda é um mecanismo de seleção social, no qual o que for popular e não-erudito é feio. Um exemplo disso são os preconceitos sócio-éticos da burguesia fluminense para com o funk carioca, uma vez que os “donos’’ da cultura não reconhecem o linguajar dessa música como empoderamento de uma parcela da sociedade. Em virtude desse exposto, cabe ao Ministério da Cultura, aliado ao Ministério da Educação, realizar fóruns de debates públicos e palestras em universidades, junto a psicólogos e filósofos voluntários de ONG’s, para desconstrução de retóricos preconceitos para com às múltiplas artes do Brasil. Ademais, as prefeituras dos municípios devem assegurar locais nos quais haja promoção de cultura livre, através de teatros, museus e bibliotecas, efetivamente, públicas. Porém, tal proposta deve receber subsídios do Governo Federal para sua realização. Assim, construir-se-á uma sociedade mais culta e consoante com sua característica de “sociedade plural”.