Título da redação:

Críticas são bem-vindas!

Proposta: O acesso à produção cultural em questão no Brasil

Redação enviada em 14/09/2017

O Brasil é multicultural devido à sua história de colonização e ocupação por diversos povos. Essa cultura é exposta por vários elementos, como na música, arte, culinária, vestimenta, literatura e religião. Mas o acesso à essa diversidade não é homogêneo no Brasil devido há vários fatores, como a desigualdade socioeconômica e a falta de estímulo. Primeiro, de acordo com o Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea), 71% das pessoas têm a questão econômica como barreira ao acesso cultural. Desta forma, o preço dos cinemas, livros, museus e teatro, por exemplo, não coincidem com o perfil econômico da maioria da população, o que não torna democrática seu acesso. Apesar disso, algumas medidas têm sido adotadas para mitigar esse perfil, como o Vale-Cultura, para funcionários de empresas que aderiram ao programa. Mas a iniciativa pública ainda não vai ao cerne dos principais desfalcados culturalmente: os pobres e marginalizados. Ademais, a falta de interesse pela busca de conhecimentos culturais também corrobora a segregação do acesso à produção cultural. Isso fica explícito pela impopularidade das bibliotecas municipais e escolares. Outrossim, o analfabetismo funcional (presente em 27% da população brasileira, de acordo com o relatório Alfabetismo e o Mundo do Trabalho), juntamente com a falta do hábito e do prazer pela leitura, agravam a problemática, pois, assim, há o boicote de uma das principais fontes culturais, a literatura, ao não receber devido reconhecimento e atenção, tanto pela sociedade quanto pelo Estado. Como supracitado, é evidente a necessidade de estímulos à população para que busquem o acesso à produção cultural. Para isso, é importante que o Ministério da Cultura incentive a amplitude do projeto Livro nas Praças, com empréstimo gratuito de obras literárias para o público em geral, e que os professores estimulem a leitura aos alunos de forma prazerosa. E, por fim, deve haver mudanças na lei Rouanet para que haja investimento em projetos prioritários que tragam resultados subsistentes e eficientes, como aulas de dança, artes cênicas, culinária, entre outros, dirigidas a pessoas carentes.