A palavra cultura é usada genericamente para designar um conjunto de hábitos sociais. Nesse contexto, grande parte da população brasileira não possui acesso à produção cultural seja pela falta de investimento em infraestrutura pelas prefeituras locais ou por não possuírem renda financeira para frequentar esses espaços. Em primeira análise, cabe destacar que todo ano, o governo federal destina parte do seu orçamento para melhorar o acesso à cultura. Contudo, quando estas verbas chegam as prefeituras locais, essas os designam para sejam gastos em outras secretárias. A cidade de Piracicaba é um exemplo deste ato sórdido, segundo o jornal G1, essa municipalidade adia por mais de 4 anos a conclusão da reforma do seu teatro municipal. Além disso, a baixa renda e os altos níveis de desemprego no país também prejudicam o acesso dos cidadãos a cultura em cidades que já possuem espaços como cinema, conservatório, entre outros. Segundo um estudo publicado pela Unesco mais de 70% da população brasileira nunca assistiu um espetáculo de dança. Sendo assim, a explicação para essa estatística se justifica devido ao elevado preço dos ingressos, acarretando o bloqueio da entrada dos menos abastados nesses eventos. Ademais, segundo Freud, o homem é fruto do meio em que vive. Logo, graças a falta de investimentos e incentivos fiscais para melhorar o acesso da população a cultura. O Brasil continua sendo uma fábrica de “Fabianos”, personagem do livro Vidas Secas que é conhecido por sua ignorância. Em suma, para melhorar essa situação é fundamental que o Ministério da Cultura(Minc), crie equipes para fiscalizar que o dinheiro destinado para aperfeiçoar a infraestrutura e o acesso da população, seja utilizado para esses fins e não seja revertido para outras tarefas. Além do mais, os deputados devem trabalhar em um projeto que seja semelhante ao Bolsa-Família para incentivar as famílias a participarem de atividades culturais, seja frequentando sala de cinemas ou teatros. Se tudo isso for feito, o Brasil será um país cultural.