Viver é uma cultura. A arquitetura, o grafite, a pichação, o hábito, a palavra, a ação. São todas manifestações de culturas, no plural, apontando diversidade. No entanto são culturas, em sua maioria, gratuitas, observadas e praticadas cotidianamente. TV a cabo, cinemas, teatros, museus entre outros se tornam para poucos. Práticas consideradas cultas elas encarecem cada vez mais, se tornando cada vez mais difícil para a população alcança-las, especialmente a mais pobre, como as de periferias ou as de locais poucos desenvolvidos. O ingresso do cinema encarece pelas suas empresas, o livro se torna uma relíquia em meio a era digital e museus e espetáculos de dança quase não caem na boca da população, tornando-se programas para os mais abastados. Em sumo, grande parcela da população brasileira se vê privada de tais práticas e “privadas de cultura”. A marginalização da cultura urbana também contribui para deixar a população menos favorecida de lado. Grafites e pichações são consideradas práticas subversivas, dança de rua “coisa de mano” e práticas de outas religiões “coisas do demônio” ou impuras. É necessário que se reavaliem os preços e os ajustem para que maior parte da população possa ter acesso a tais meios de cultura, além de mais aceitação, principalmente dos mais ricos, sobre as diversas formas de cultuas, afinal cultura é para todos.