A cultura é um dos principais pilares da sociedade civil, ela trás consigo valores éticos e morais que são para ser passados as pessoas. No Brasil, apesar de ser um país com grande miscigenação de povos que trouxeram costumes, tradições e inúmeras coisas diferentes, o país tem condições precárias em relação ao acesso dessas informações, atingindo principalmente a camada mais pobre da sociedade. A UNESCO em 2015 coletou dados mostrando que a minoria dos brasileiros frequenta o cinema pelo menos uma vez no ano. Quase todos os brasileiros nunca foram à um museu ou um teatro e que 70% nunca assistiu um espetáculo de dança. Isso é gerado por uma grande desigualdade social, que leva a cultura a se tornar coisa de rico, pois visto que, cinemas, teatros, exposições de arte e outras atrações tem um custo muito alto que causa um conflito com a renda média dessas pessoas de classe baixa, deixando então esse acesso a cultura em segundo plano. Não somente no entretenimento, mas essa falta de acesso a produção cultural também afeta de uma forma mais profunda na sociedade, pois os valores morais e éticos são construídos com base no que você vê, ouve, lê e assim reflete para a sociedade, como um espelho; e então não tendo informações de cunho social, político e no geral cultural, a população se torna mais fútil e incapaz de produzir pensamentos críticos, construtivos que é essencial para o ser não se tornar somente mais uma peça na engrenagem da sociedade. Buscar uma reforma na distribuição de renda através de projetos políticos é o melhor caminho para acabar com a desigualdade social absurda, e assim dando acesso para todos à produção cultural, porém enquanto isso não for concretizado, deve-se exigir dos governantes um aumento da verba para as opções que levem cultura a população como cinemas públicos, oficinas de música, teatro e outros. Podendo assim dar um primeiro passo contra essa sociedade conservadora, mostrando um pouco das raízes do Brasil.