Desde a sua concepção, o Brasil passou por crises sociais e financeiras. Tal realidade começou a ser forjada na colonização lusitana, cuja a característica era ter, na sua base, um sistema escravocrata. Séculos mais tarde, o período da Ditadura Militar só piorou a problemática, tendo, em nuances, repressões públicas, quedas e avanços na economia. Por conseguinte, intempéries na comunidade evidenciaram-se, como a segregação social e restrição jurídica, cujo resultado se materializou na despluralização do acesso à cultura. Observa-se que, na atual conjuntura, o país passa a sofrer com a consequência do passado, pois, doenças sociais impregnaram-se nos anais da sociedade, como preconceito, racismo e exclusão social. Immanuel Kant, filósofo prussiano considerado o principal pensador da Era Moderna, acreditava que na educação se encontra o grande problema para o aperfeiçoamento da humanidade. Partindo dessa premissa, sabe-se que a cultura proporcionada pelo Estado é deficitária, e isso se reflete no crescimento exponencial da ignorância do cidadão, estagnado, segundo o IBGE, o lugar no 79º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano, haja vista que o mesmo, de acordo com o Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, possui a nona economia mundial. Logo, o câncer da nação, deverá ser resolvido para haver a superação das diferenças impostas por heranças tradicionais. Outrossim, há nos lares brasileiros uma grande parcela da população desempregada; isso se dá por conta da quantidade de indivíduo desqualificado. Teatro, internet, concerto e musicais são bens necessários que ajudariam na mudança da situação, entretanto, ferindo a Constituição Federal, cujos preceitos são garantir a isonomia, os direitos ficam restitos da massa. A projeção disso, é que poucas pessoas conhecem as tradições indígenas e escravas, sob os golpes, os tipos de corrupção e as revoltas que ocorreram no território. Então, para o adestramento do povo, os governantes agem ao contrário do ideal de Durkheim, um dos pais da Sociologia, na qual pregava que o homem só poderá agir na medida em que conhecer o contexto. Nesse sentido, compreende-se que o principal precursor dos infortúnios no meio está intrinsecamente ligado à falta de ensinamentos culturais. Dessa forma, a ação de ONGs e instituições privadas faz-se necessária no preenchimento das lacunas vazias no aprendizado de ser cívico por meio de projetos interativos que ensinem os acontecimentos históricos e geográficos a fim de provocar o engajamento do em torno. Também vale frisar a atuação do Poder Legislativo em criar leis que isentem as empresas, no intuito de que a abstenção só possa ser feita se o dinheiro for investido em otimização da propagação de informação. Assim, criar-se-á uma possibilidade de se alcançar a utopia.