É incontestável que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas traz graves consequências à sociedade. Todavia, quando se observa o abuso dessas substâncias pela população brasileira, hodiernamente, nota-se que, em razão de aspectos socioculturais, o aumento progressivo do número de usuários tornou-se um empecilho ao bem-estar social, uma vez que tal exagero pode prejudicar a saúde física e mental do indivíduo e, também, torná-lo suscetível a acidentes de trânsito. Em primeira análise, cabe pontuar que o consumo de bebidas alcoólicas encontra-se intrinsecamente ligado à cultura nacional, visto que a ingestão de álcool é aceita socialmente e, muitas vezes, imposta ao indivíduo em diversas situações e eventos sociais, fato esse que colabora com o aumento do número de usuários e, consequentemente, com os casos de consumo abusivo. Uma prova disso está em dados do Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (LENAD), em que é possível notar que, atualmente, 35% da população brasileira bebe de forma moderada e 16% possui um comportamento de consumo abusivo. Desse modo, percebe-se que há a necessidade de se mudar essa realidade, no Brasil. Ademais, convém frisar que o uso excessivo dessas substâncias pode desenvolver sérias consequências ao indivíduo, haja vista que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo de álcool possui relação direta com o surgimento de doenças físicas e mentais em seus usuários, como a cirrose hepática e a síndrome de dependência. Além disso, é possível observar que tais excessos estão relacionados a acidentes automotivos, dado que já é proibido conduzir veículos automotores após a ingestão de bebidas alcoólicas, caso o nível de álcool no organismo do condutor esteja acima do parâmetro legal, proibição essa que é popularmente conhecida como Lei Seca. Dessa forma, infere-se que há a indispensabilidade de se criar políticas públicas que visem atenuar essas consequências em meio social. Destarte, indubitavelmente, medidas são necessárias para mitigar essa problemática. Para isso, é imprescindível que o Ministério da Saúde crie campanhas que visem alertar a população sobre as consequências do abuso de substâncias alcoólicas, por intermédio de propagandas midiáticas para a sua devida divulgação, nas quais médicos especialistas poderão informar aos brasileiros os riscos de tal excesso e, para mais, sugerir à procura de auxílio clínico em unidades de saúde mais próximas para aqueles que estão em estado de dependência e querem se livrar do vício, com o propósito de que o tecido social, enfim, perceba a gravidade dessa atitude negligente e, então, atue em prol do combate desse empecilho ao bem-estar coletivo.