No filme "Temple Grandin", baseado em uma história real, é retratada a trajetória de sucesso de uma cientista norte-americana que superou as adversidades do autismo. Contrária a essa abordagem, no Brasil, fica evidente que os autistas enfrentam terríveis obstáculos para o tratamento adequado, dificultando o seu destaque na sociedade. Nesse sentido, fica clara a necessidade de um diagnóstico precoce, assim como uma maior capacitação dos profissionais. A priori, é importante destacar que, em função do pouco esclarecimento social e científico, o reconhecimento nos primeiros meses de vida é comprometido. Dessa forma, é necessário que, desde o nascimento, as crianças sejam acompanhadas por pediatras com a finalidade de auxiliar aquelas que forem diagnosticadas, tendo em vista que segundo relatório alarmante da Organização Mundial de Saúde (OMS) uma em casa 160 crianças no mundo são afetadas. Logo, é necessário que as famílias ofereçam apoio psicológico e que o preconceito social seja quebrado. Outrossim, devido às incógnitas da ciência sobre esse transtorno o seu tratamento é drasticamente dificultado na rede pública de saúde que é escassa de profissionais especializados nesse trastorno. Desse modo, as escolas de medicina devem ressaltar na graduação o ensino do autismo para pediatria, promovendo, assim, que na rede pública se tenha profissionais capacitados. Portanto, para que o acompanhamento médico adequado não seja elitizado é necessário que mudanças ocorram no Sistema Único de Saúde, e com isso mais casos como o da cientista Temple Grandin retratado no filme serão mais frequentes na sociedade e de grande importância humana. Em síntese, é mister que essa análise seja rápida, e a formação médica mais eficiente para esse trastorno. Para a minimização do obstáculos enfrentados pelos autistas, urge que o Ministério da Saúde (MS) crie, por meio de verbas governamentais, campanhas publicitárias nos veículos de comunicação que incentivem o acompanhamento médico dos recém nascidos e oriente os cidadãos sobre os sinais desse distúrbio, sugerindo aos pais criarem o hábito de prestar atenção no bebê e não deixar passar um sinal. Com isso, será possível uma pesquisa de sintomas, além de promover a saúde.