Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Moradia social: a questão da ocupação x habitação

Redação enviada em 03/10/2018

Durante a década de 1960, o processo de mecanização do ambiente rural promoveu um intenso êxodo em direção aos grandes centros urbanos, os quais não apresentavam planejamentos governamentais que garantissem boas condições de vida a esse contingente populacional. Assim sendo, observa-se, atualmente, que a falta de moradia é um dos principais problemas gerados por essa precoce urbanização, refletida nos conflitos entre o setor imobiliário e os movimentos sociais de ocupação, o que exige medidas capazes de extenuar tal problemática. Em primeiro lugar, é importante destacar que, apesar de garantido pela Constituição Cidadã de 1988, o direito à moradia não se faz presente também por fatores socioeconômicos. A constante desigualdade entre as classes brasileiras, característica de países emergentes, contribui para o déficit habitacional e é potencializada por momentos de crise econômica, já que considerável parte da população não apresenta recursos capazes de garantir o pagamento do custo de uma residência. Além disso, a ocupação de prédios abandonados gera embates com grupos empresariais, o que influencia na ocorrência de confrontos com a polícia e reforça a discriminação e banalização sofrida por essa comunidade. O MTST(Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), grande movimento político que objetiva a reforma urbana, é responsável pelas principais manifestações de invasão de imóveis no Brasil e constantemente associado, por vários veículos midiáticos, à ações de vandalismo e violência. Fica claro, portanto, que a falta de moradia e a relação tênue entre habitação e ocupação de construções são um dos principais transtornos da sociedade brasileira no século XXI. Nesse sentido, é fundamental que o Estado, em parceira com ONGs, promova a criação e solidificação de projetos como o "Minha Casa, Minha Vida", em que o governo subsidia a aquisição de moradias por famílias de baixa renda, e garanta a inclusão desse grupo periférico ao corpo social, empregando-o no processo de edificação das novas obras.