No limiar do século XIX, a questão da moradia social é um dos problemas que o Brasil foi convidado a administrar, combater e resolver. Aliás, a disseminação de móveis abandonados, crise econômica e desemprego, pode colocar em risco toda a gestão do país. Pode-se afirmar, que desde o ano de 2010 a 2018, houve um aumento de 45,7% nas notificações de abandonos e débitos de impostos relacionados ao território, de acordo com as pesquisas feitas pelo Instituto de Geografia e Estatística ( IBGE). Por conseguinte, esse fato reverbera a persistência de imóveis abandonados enquanto parte da população mora nas ruas sem ajuda governamental. Além do mais, consoante ao pensamento de Shopenhaver de que os limites do campo de visão de um indivíduo determinam o seu entendimento a respeito do mundo que a cerca, mostrando as consequências reais da crise econômica. Assim, o Governo passou a deixar cada vez mais a população desabrigada e prédios vazios, sem se preocupar com o destino final dessas pessoas. Prova disso é o número exorbitante de desabrigados sem moradia digna, enquanto há varias própriedades vazias num local totalmente ideal para se morar, com estrutura e próximos a empregos. Diante os fatos supracitados, é notório que o Brasil precisa melhorar na sua gestão quanto a moradia popular, a fim de evitar problemas que comprometem o bem-estar social. Para isso, cabe ao Governo aperfeiçoar o seu sistema de cadastro, além de instruir e facilitar a população a se abrigar. Além disso, é fundamental que as ONGS, mediante debates sobre ações administrativas, estimular os cidadãos a requisitar esses locais para habitação popular, de forma que a ética e a civilização façam valer o direito mais sagrado da Constituição: O direito à moradia.