Na época de urbanização do Brasil, juntamente com a abolição da escravatura, que gerou a marginalização dos negros, inúmeras moradias sem infraestrutura adequada foram sendo instaladas. Os escravos e trabalhadores que vinham do campo não tinham condições de pagar por uma casa daquele período. Dessa forma, a existência de favelas e moradias precárias não é algo exclusivo do século XXI, mas fruto da marginalização da parte mais deficitária da população brasileira nas cidades. Um dos principais motivos que implica nas questões da moradia social no Brasil é a especulação imobiliária. A parte com mais renda da população compra imóveis e deixa-os inabitados. A causa dessa prática é que ,posteriormente, esse imóvel terá mais valor. Porém, enquanto muitas casas encontram-se vazias apenas por motivos econômicos, uma parte da sociedade não possui onde morar.Desse modo, a liberdade das práticas de especulação imobiliária contribuem ṕara a violação do direito à moradia dos cidadãos que não possuem um teto. O atual cenário de crise no país também corroboram com o déficit habitacional. O índice de desemprego cresce cada vez mais, e, com a quantidade de impostos existentes ao adquirir uma casa própria e com o valor do salário mínimo de um brasileiro, torna-se inviável estabelecer-se em uma moradia digna. Então, a solução passa a ser a rua ou favelas. Logo, para que o cenário de déficit habitacional no Brasil mude, é necessário uma reforma na legislação imobiliária que proíba práticas como as de especulação imobiliária, e, esses imóveis, que encontram-se vazios, recebam um aluguel mensal do estado para o proprietário,mas sejam ocupados por aqueles que não possuem casa.