O livro “Tuareg” se passa em meio a uma sociedade nômade existente até hoje no norte saariano. Os povos nômades são incomuns na atualidade, uma vez que com a prática do cultivo de alimentos o ser humano passou a fixar moradia em um único lugar e começou a se desenvolver como sociedade. O avanço da tecnologia e o desenvolvimento das grandes cidades trouxe um grande aumento populacional em algumas regiões que, inaptas à receber tantas pessoas, inevitavelmente viu crescerem as ocupações irregulares. As ocupações irregulares, além de um problema social, devem ser encaradas como problemas para a saúde pública, para a economia e para o meio ambiente. Em uma ocupação irregular não há acesso à abastecimento de água e esgoto, coleta de lixo e controle de vetores. Não há arrecadação de impostos. No entanto, não basta apenas remover a população destas áreas irregulares. Deve-se fornecer a estas pessoas moradia e meios dignos de sobrevivência. Ações junto à iniciativa privada, como isenção de impostos e benefícios tributários devem ser incentivados com a criação de empregos para as pessoas em situação de moradia irregular. Investimentos estatais na infraestrutura do interior do país, com instituição de subsídios para atrair a população de volta para o meio rural. Também devem ser ampliados os programas de construção de residências populares e financiamento facilitado junto aos bancos para incentivar a população a sair de áreas de risco. Com a aplicação destas medidas, gradativamente será garantido ao cidadão o que se propõe na constituição: moradia, educação, saúde e dignidade.