A Constituição brasileira de 1988 defende a moradia como um direito de todo cidadão, contudo não é isso que se observa atualmente. De fato, muitas pessoas ainda não possuem habitações dignas, devido, não somente, ao fato de a distribuição fundiária ser desigual, mas, também, à questão do forte desemprego no país. Primeiramente, vale ressaltar que a reforma agrária se apresenta fraca ou ineficaz. Decerto, muitos terrenos sem função social, que poderiam ser utilizados para construção de casas para a população necessitada, permanecem inexplorados. Desse modo, a falta de inspeção e redistribuição dessas terras por parte do governo desperdiça alternativas viáveis. Concomitantemente, o desemprego assola a nação brasileira. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aproximadamente treze milhões de brasileiros estão desempregados. Com efeito, esse déficit na economia de diversas famílias dificulta a conquista habitacional. Por conseguinte, sem dinheiro para sustentar um lar há, ora endividamentos, ora mais moradores de rua. Observando-se a problemática apresentada, são necessárias, destarte, medidas para solucionar o impasse. Em curto prazo, há a necessidade de o Governo Federal investir, utilizando verba arrecadada a partir de impostos já existentes, em maior fiscalização de terrenos desocupados e sem função social, a fim de que possa distribuir essa terra, gerando trabalho e melhorando, pois, a economia, não só da população, mas do país como um todo. Assim, o Brasil poderá ver a “Constituição Cidadã” defender seus cidadãos.