Um dos direitos assegurados no artigo 6° da Constituição Federal é o acesso a moradia. Entretanto, a realidade difere do artigo constitucional. O número de pessoas morando na rua ou ocupando imóveis de risco junto ao número de imóveis inabitados crescem gradativamente. Segundo o escritor irlandês Oscar Wilde, o progresso de uma nação começa com a indignação. Nesse contexto, o aumento crescente de pessoas morando em condições de rua ou em prédios de risco deveria gerar comoção, principalmente dos políticos brasileiros já que um dos principais motivos para esse prolongamento são os impostos, desemprego e a crise. Desse modo, menos pessoas se submeteriam a condições inabitáveis. De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2010 no estado de São Paulo são 290 mil imóveis não habitados para 130 mil famílias sem teto. Ou seja, o número de imóveis daria para suprir a necessidade de todas as famílias do estudo. Ademais, diminuiria a ocupação de prédios em risco, de criação e aumento de casas em comunidades e de moradores de rua. Dessa maneira, haveria menos ocupação e mais habitação. Infere-se, portanto, que o Ministério das Cidades entre com uma liminar ao governo brasileiro pedindo a reforma dos prédios públicos, a fim de distribuírem esses prédios por meio de cadastros feitos por assistentes sociais que visitarão essas pessoas e arrecadarão seus dados, contudo as obras deverão ser rápidas e eficientes, tendo como objetivo pôr em prática a afirmação de Oscar Wilde.