Hoje, pessoas das classes sociais A, B e C costumam possuir mais de uma habitação, e por inversão os mais pobres não possuem acesso e ela, o problema da moradia social e a questão da ocupação. Tal problema é histórico, causado por negligência por parte do Estado, e patrocinado pela desigualdade social. Na medida em que as tecnologias de produção e distribuição de bens e serviços foram se desenvolvendo, desde a Inglaterra até os dias de hoje, o valor humano foi e continua a ser substituído pelo valor material. Como consequência, as pessoas estão sofrendo um processo de substituição humano-máquina ao longo do tempo, principalmente se tratando de tarefas braçais e mecânicas. Sendo desigualdade social como é conhecido, o êxodo rural e o desemprego como principais pilares para o problema de falta de habitação e ocupação. As pessoas do topo da pirâmide cada vez mais tem condições de multiplicar seus ganhos com a aquisição de mais propriedades, e por natureza capitalista o fazem. Em paralelo, o Estado tem sua responsabilidade histórica, quando foi permissivo nas ocupações de regiões denominadas como periferias. Se hoje o problema é grave, deveria ser muito mais se considerado a quantidade de construções irregulares que o próprio regularizou e ainda faz. Essa permissibilidade fez com que grande parte do investimento em infraestrutura pública se concentrasse ao longo do tempo nas grandes cidades, fazendo com que aqueles que estão distantes fossem obrigados a também se concentrarem nelas. Sendo assim, a equação moradia e sociedade não é resolvida só com a regularização das invasões e ocupações. O Estado precisa dar condições para reduzir a desigualdade social, através da educação e das oportunidades, e a disponibilização dessas precisa ser distribuída geograficamente. Se as pessoas encontram oportunidades, naturalmente terão mais condições de adquirir ou alugar a própria residência. Além disso, controlar com rigor construções irregulares afim de estancar o crescimento das populações nas regiões superlotadas.